Nepal

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Definitivamente o Nepal tem uma beleza natural a ser apreciada e provavelmente é o foco mais interessante por aqui. Visite Pokhara para curtir a natureza e o ar puro e visite a capital Kathmandu para ver a arquitetura original do país, o caos e a poluição. Duas realidades contrastantes mas ambas interessantes.

A mudança da Índia para o Nepal nos fez bem. Saímos do caos, sujeira, barulho e poluição para o ar puro, verde e a vibe relax de Pokhara. O Povo também segue a mesma vibe, bem mais relaxado e simpático. E muito diferente de seu vizinho tem uns jovens bem moderninhos, com gel no cabelo e colete de playboy, mesmo nas pequenas vilas mais afastadas. Além disso, é possível encontrar uma culinária de qualidade a preços imperdíveis.

O que valeu mais a pena: o trekking nas montanhas da reserva de Annapurna, o ar puro e a vibe relax de Pokhara e a maravilhosa arquitetura da cidade de Bhaktapur.
O que queríamos ter feito mas não rolou: uma visita à pequena cidade de Bandipur, entre Pokhara e Kathmandu, e fazer um trekking mais longo para ficar encantado aos pés do Himalaias.

Algumas dicas:

• TRANSPORTE: Provavelmente um dos mais lentos que tivemos até agora. A única opção são os ônibus locais caindo aos pedaços e as vezes eles chegam a fazer apenas 18km por hora. Ou seja, se você for fazer apenas 150 km se prepare pra ficar 8 horas no ônibus. Inacreditável não! Já entre Pokhara e Kathmandu existem ônibus turísticos mais modernos e confortáveis, sem grande diferença de preço dos ônibus locais.
• ALIMENTAÇÂO: Se você estiver muito saudosista de comida ocidental esse é o lugar. Com certeza o melhor país do grupo subdesenvolvido da Ásia para encontrar pratos ocidentais de qualidade a preços incríveis. Além disso, eles também têm muitos produtos de padaria, doces e tortas que são são uma delícia. Então aproveite para matar a saudade!
• TREKKING: Siga bem as dicas que damos aqui pois nenhuma informação turística vai te passar esses detalhes. Para fazer trekking na reserva de Annapurna é obrigatório pagar a taxa do governo (TIMS) e o permit da reserva, que juntos somam 45 USD por pessoa e onde você registra a sua data de entrada e sáida e o caminho que vai fazer. Durante a caminhada existem vários pontos de controle e eles usam isso para acompanhar se existem turistas perdidos ou não. Para o trekking no Himalaias também existem as mesmas taxas, mais os custos são diferentes. Existem várias opções de trekking, de 2 a 15 dias e com níveis diferentes de dificuldade. Com certeza você consegue encontrar uma opção que se encaixe no seu perfil. Não é necessário levar saco de dormir, lençol, toalha ou barraca de camping. No caminho existem guesthouses que oferecem tudo e você vai pagar cerca de 1 a 2 USD por pessoa apenas. Mas atenção, uma vez que você aceita dormir lá você é obrigado e comer no guesthouse e eles ficam de olho em você. Mas não se preocupe, o preço da comida é tabelado (e é mais caro, claro, e quanto mais distante você vai mais caro fica) e funciona igual em todo lugar. E se você tentar levar sua própria comida eles vão te cobrar uma taxa absurda. Não vale a pena. Antes da partir para a sua caminhada não esqueça de comprar na cidade chocolates e biscoito. A água mineral também é muito cara, então você tem outras opções: comprar água fervida ou purificada pelo guesthouse ou levar pastilha purificadora para limpar a água que você coleta na montanha. Você vai fazer muito esforço físico e entre as refeições é importante repôr as energias. Se você deixar pra comprar na montanha vai pagar bem mais caro. Com relação a guias, não é realmente necessário. O caminho é bem marcado, existem pontos de chá e restaurante o tempo todo e com certeza você vai conhecer outros viajantes no caminho pra te fazer companhia. Você também pode pagar um porter (uma pessoa que carrega a sua mala durante todo o trajeto), mas só é realmente necessário para caminhadas bem mais longas e pra quem não está acostumado. Leve somente o que é essencial e você vai conseguir se virar sozinho. Lembre-se que na montanha não existe ATM e ninguém aceita cartão de crédito, então não vá com o dinheiro apertado, 25 a 30 USD por pessoa / por dia deve cobrir todos os seus gastos com folga (hospedagem, 3 refeições e água)
• NOSSA OPÇÂO DE TREKKING: Nós não somos amantes de trekking então ficamos com receio de fazer uma caminhada longa e não aguentar. Por isso escolhemos uma opção curta, de apenas 4 dias. Fizemos o circuito NAYAPUL – GHOREPANI – POON HILL – GHANDRUK – NAYAPUL e foi uma ótima opção. Caminhávamos cerca de 5 horas por dia, apenas alguns trechos tinham subida bem inclinada e conseguímos ter vistas incríveis da montanha. Os melhores pontos para dormir nesse trajeto são: noite 1 – Ulleri / noite 2: Ghorepani (vista pra montanha de manhã) / noite 3: Tadapani (vista incrível pra montanha de manhã). E de Ghorepani você deve começar a caminhar as 4:45 da manhã até Poon Hill para ver o nascer do sol iluminando a montanha de Annapurna. Vista incrível.

Nosso trajeto (13 dias)

Pegamos um ônibus de Gorakhpur, na ìndia, até Sunauli na fronteira com o Nepal. Fizemos nosso visto na hora pra continuar até o nosso destino em Pokhara. Como a viagem até Pokhara era muito longa, paramos por uma noite em Palpa e continuamos no dia seguinte. De Pokhara fizemos 4 dias de trekking nas montanhas da reserva de Annapurna e depois partimos em ônibus turístico até Kathmandu, de onde fizemos passeios de motocicleta até as cidades de Bhaktapur e Patan. De Kathmandu partimos de avião até Tóquio, no Japão.

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