Partimos de Aqaba, na costa da Jordânia, por terra em direção ao Egito, mas para isso tínhamos que cruzar o Israel. Cruzamos a primeira fronteira, passamos pela cidade da costa do Israel chamada Eilat e em uma hora já estávamos cruzando a fronteira com o Egito. Nunca foi tão rápido cruzar um país.
Chegando no Egito fomos direto para Dahab, um cidade na costa do mar vermelho que prometia ser paradisíaca e que ia nos garantir alguns dias de relaxamento. Foi simplesmente perfeito! Tirando os 40 graus na cabeça… Que lugar incrível, com seu mar azul cristalino que pareceia até de brincadeirinha. Pegamos um quarto legal com vista pro mar e decidimos tirar umas fériazinhas. Ahahhaha
A região é conhecida como uma das melhores do mundo pra fazer mergulho, então a Carol fez uma aula, que ela não gostou muito por sinal, e acabou conhecendo duas meninas muito simpáticas, uma francesa e uma espanhola, e no dia seguinte fomos todos juntos fazer snorkeling no famoso “blue hole”, um dos únicos 3 lugares como esse no mundo. Uma maravilha, corais coloridos e de todas as formas e uma vida marinha super viva com peixes de todas as cores.
Dahab foi perfeito pra descansar e estava super vazio. Mesmo lá já se pode ver os impactos da revolução. Restaurantes, lojas e hoteis fechados, resorts que pararam a construção no meio do caminho e locais desesperados para ainda fazer negócios. Nós nos sentimos super seguros e ficamos pensando o que as pessoas estão perdendo em deixar de visitar um lugar tão maravilhoso.
Mas toda vida boa tem hora pra acabar e após 5 dias tínhamos que continuar a viagem. Pegamos um ônibus noturno de 14 horas para chegar na tão famosa cidade de Luxor. A viagem foi uma bosta e chegamos acabados, em um calor de 45 graus que não dá vontade nem de sair na rua. Então nos escondemos na caverna do nosso quarto com ar condicionado e deixamos pra sair ao final do dia para visitar o templo Karnak com uma temperatura mais adequada.
Ao chegar no templo Karnak começamos a nos sentir no Egito de verdade, ao ver o estílo arquitetônico do templo e todas os hieróglifos e imagens egípcias nas suas paredes, exatamente como vemos nos filmes. Uma linguagem de um tempo de reis, há mais de 3.000 anos atrás.
A cidade de Luxor não nos agradou tanto assim, não tem nada de especial e parecia ainda mais abandonada do que Dahab. Raramente vemos turistas pelas ruas, pois os poucos que existem estão enfiados nos hoteis caros ou em ônibus turísticos, os restaurantes estão sempre vazios e no nosso hotel só tinha a gente. Talvez também porque chegamos bem na época do Ramadan e por isso tudo parece ficar mais calmo.
Mas o mais impressionante de Luxor é o “Vale do Reis”, um complexo de tumbas que foi construído a 3 mil anos atrás onde eram enterrados os reis a rainhas da época. Um trabalho simplesmente espectácular e que impressiona pela sua conservação. Todos os desenhos e inscrições ainda são completamente visíveis e com as cores originais. Ficamos de boca aberta! Uma pena que era proibido tirar fotos.
Visitamos também o templo de Deir al-Bahri e do Ramses III. Todos imponentes e interessantes. Gostamos muito de visitar os templos de Luxor, o problema mesmo é o calor infernal. Agora estamos mais no sul do páis e estamos derretendo!!! Acordamos as 6 da manhã pra tentar visitar os lugares sem o sol forte, pois após as 10:30 fica insuportável.
Daqui vamos para Aswan, ainda mais no sul. Previsão de 50 graus na cabeça. Será que vamos sobreviver?
Receba as notícias de Kiki por e-mail
Clique aqui para registrar seu e-mail e receber todas as notícias de Kiki Around The World!